Análise de nicotina em e-líquidos por Cromatografia de Fluído Supercrítico

A nicotina é uma substância naturalmente presente na espécie Nicotiana tabacum, popularmente conhecida como tabaco.¹ É um alcaloide composto por dois heterociclos de nitrogênio (pirrolidina e piridina)¹ cuja ação farmacológica se dá através da estimulação de receptores no sistema nervoso central que resulta na liberação de vários neurotransmissores.²

Criado em 2003, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), mais conhecidos como vape e pod, foram criados com o objetivo de serem menos nocivos aos usuários frente ao cigarro tradicional e ganhou atenção entre os jovens. Entretanto, o design mais simples e tecnológico, os vários sabores disponíveis e as cores mais atraentes levaram ao aumento do consumo. O cigarro eletrônico é um aparelho que aquece um líquido, contendo nicotina, que é transformado em vapor e tragado pelo usuário.³

A nicotina extraída naturalmente do tabaco é comercializada como “nicotina derivada do tabaco” (em inglês, tobacco derived nicotine (TDN)) e está presente em excesso (>90%) na forma do seu enantiômero (S). Este tipo de produto tem sido sujeito à regulamentação rigorosa da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos desde 2009. Em contrapartida, a mistura racêmica produzida sinteticamente e comercialmente conhecida como “tabaco livre de nicotina” (em inglês, tobacco free nicotine (TFN)) não é sujeita a mesma regulamentação, haja vista não ser proveniente naturalmente do tabaco. Tal fato leva a incorporação do racemato em vários dispositivos eletrônicos, mesmo não se sabendo os reais efeitos do enantiômero (R).¹

Recentemente, a FDA aprovou uma lei federal que permite a regulamentação destes TFN nos produtos já comercializados. Isso faz com que novos métodos para análise destes compostos devam ser desenvolvidos para fins regulatórios e de garantia da qualidade. Neste sentido, a Jasco do Brasil apresenta um método rápido e eficaz por cromatografia por fluido sub/supercrítico para análise enantiomérica do racemato da nicotina.

Figura 1. Cromatograma dos padrões de canabinoides.

Figura 2. Cromatograma da análise de e-liquidos comerciais mostrando TDN (Vape A, B e D) e TFN (Vape C).

Acesse a aplicação completa em:

Referências:

Nota aplicação Jasco Inc – Enantiomeric analysis of nicotine in e-liquids by supercritical fluid chomatography. Disponível em: https://jascoinc.com/applications/enantiomeric-analysis-of-nicotine-in-e-liquids-by-subcritical-fluid-chromatography/
Planeta, C. S., Cruz, F. C. Bases neurofisiológicas da dependência do tabaco. Ver. Psiq. Clin., 32(5), 251-258, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rpc/a/MS9HGYmvmGWNDdNCWMXM8bT/?format=pdf&lang=pt
Como o cigarro eletrônico mudou a forma como se fuma. Jornal O Povo, 2024. Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/saude/2024/04/10/como-o-cigarro-eletronico-mudou-a-forma-como-se-fuma.html