Em HPLC, componentes são separados através do emprego de uma coluna com base no grau de interação entre uma molécula e a fase estacionária, sendo assim, componentes com baixa interação eluem primeiro sendo o seu oposto verdadeiro. Alguns tipos de interação incluem adsorção, interações hidrofílicas e hidrofóbicas, troca iônica, penetração e exclusão, como demonstra a figura 6.
Como apresentado na tabela 2, existem muitos tipos de colunas e técnicas de operação. O segredo de uma separação está na escolha correta de um modo de separação, com base na natureza dos analitos a serem separados. Pode-se empregar por exemplo, solventes orgânicos fortes para trabalhos em fase normal com colunas de sílica sem funcionalização, para a separação de compostos lipossolúveis.
Fases móveis contendo água, metanol, acetonitrila e até mesmo tetrahidrofurano em baixas concentrações podem ser trabalhadas, de modo a separar analitos via interações hidrofóbicas em fase reversa.
Outros modos de separação envolvem o tamanho de poros de uma fase estacionária e o diâmetro hidrodinâmico de macromoléculas, para estudos envolvendo GPC e capacidade de troca iônica, para separação de compostos em cromatografia iônica.
Tabela 2 tipos de coluna e modos de separação
Modo | Fase estacionária | Fase móvel | Interação | Qualidades |
Fase normal | Silica gel Silica NH2, CN,… | Solvent orgânico | adsorção | Separação de compostos lipossolúveis |
Fase reversa | Silica C18, C8, CN, fenil… | água / metanol | hidrofóbica | Primeira opção, mais comum. |
GPC (não aquoso) | Polímero hidrofóbico | Solvent orgânico | Permeação em gel | Medição de distribuição de massa molecular |
GFC (aquoso) | Polímero hidrofílico | Tampão | Filtração em gel | Medição de distribuição de massa molecular, estudo de biopolímeros,… |
Troca iônica | Trocadores iônicos | Tampão | Afinidade eletrostática | Separação de compostos iônicos |
Métodos em fase normal e reversa apresentam perfis de eluição completamente diferentes. Em cromatografia de fase normal, um solvente de baixa polaridade atravessa um empacotamento de alta polaridade, assim, observa-se baixa retenção de compostos de mesma natureza que o solvente.
Na técnica de fase reversa, trabalha-se com solventes e fases estacionárias específicos, de modo a reter preferencialmente compostos hidrofóbicos.
Na cromatografia em fase reversa ou iônica, o gradiente de eluição pode ser empregado para melhoria de uma separação ou redução de tempo de corrida. No exemplo a seguir, o ácido clorogênico e a rutina podem ser separados em uma coluna ODS com uma solução metanol/1% ácido acético.
Na figura 7, observam-se dois métodos isocráticos: o primeiro (esquerda superior) não apresenta boa separação entre os analitos que estão eluindo no início da corrida e o segundo (esquerda inferior) leva muito tempo. No entanto, ao empregar um gradiente de 30% até 45% de metanol (figura 7, à direita) observa-se um cromatograma com resolução adequada às exigências do operador sem retenções exacerbadas.
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