O detector UV/Vis detecta componentes que absorvem radiação na faixa de 190 a 900 nm, sendo uma boa alternativa para análise de compostos aromáticos, pigmentos, proteínas e ingredientes farmacêuticos ativos.
É possível avaliar dentro do espectro de absorção, quais são os melhores comprimentos de onda para se estudar uma amostra, de modo a eliminar interferências de outros componentes (figura 8). Adicionalmente, é possível aumentar a sensibilidade de um sinal, ao aproximar o comprimento de onda de trabalho ao ponto de máxima absorção da molécula.
Com detectores como o PDA, é possível inclusive realizar testes de pureza de sinal através dos espectros de absorção UV/Vis obtidos em pontos diferentes do pico de interesse.
O detector de fluorescência pode medir fluorescência na faixa de 220 a 900 nm. Uma vez que os resultados dependem de um comprimento de onda de excitação, obtém-se um resultado mais seletivo que os ensaios em UV/Vis.
Uma vez que os comprimentos de excitação e emissão podem ser programados para que hajam alterações ao longo de uma corrida, é possível detectar mais de um tipo de analito em um mesmo método (figura 9).
Nesta situação, os cromatogramas da parte superior são descritos a seguir: (esquerda) Ex = 275 nm, Em = 400 nm e (direita) Ex = 450 nm, Em = 525 nm. Já no cromatograma de baixo, é possível observar um perfil com modo de programação de comprimentos de onda.
O detector de índice de refração (da sigla em inglês, RI), é utilizado para medir diferenças de índices de refração de materiais. Grande parte dos analitos apresentam um índice de refração diferente do solvente de trabalho, desta maneira é possível detectar uma grande variedade de componentes.
É importante ressaltar que oscilações de temperatura e composição de fase móvel também geram alterações de sinal, portanto, é importante que os ensaios sejam realizados em métodos isotérmicos e isocráticos. Além disso, qualquer alteração de composição de fase móvel deve ter uma etapa de “purga”, para que a célula de referência seja recondicionada.
A tabela 3 resume as características dos três detectores apresentados neste segmento. Os detectores UV/Vis e de fluorescência são altamente sensíveis e seletivos, além disso são menos sensíveis a temperatura e podem ser empregados em métodos com gradientes.
Os detectores de RI se destacam pela capacidade de análise de uma faixa mais ampla de componentes, incluindo os que não apresentam grupos cromóforos apesar de não apresentar bons desempenhos nos outros campos de comparação. Uma alternativa com valor agregado maior pode ser o emprego de detectores ELSD com maior sensibilidade e capacidade de execução de métodos com gradientes.
Detector | Sensibilidade | Seletividade | Efeito da temperatura | Método de eluição em gradiente |
UV/Vis | – ng | alta | Baixo | Aplicável |
Fluorescência | – pg | Muito alta | Baixo | Aplicável |
RI | – μg | Não aplicável | Alto | Não aplicável |
Receba o conteúdo da Jasco Brasil direto no seu e-mail.