A figura 6 representa a relação entre os espectros de CD, ORD e UV em uma dada faixa de comprimento de onda. Dentro da faixa espectral de UV, uma dispersão anômala do espectro ORD e um pico no sinal de CD, pode ser observado. Este comportamento é determinado como efeito Cotton e proporciona informações referentes a configuração e conformação de substâncias oticamente ativas.
1. Sinal (±): CD (+), ORD (máximo em longos comprimentos de onda)
2. Magnitude: valor do pico em CD, pico de ORD, amplitude do “vale”
3. Posição: comprimento de onda do pico de CD = ponto de inflexão em ORD
A figura 7 apresenta os espectros de UV, ORD e CD de um sal de amônio do ácido (1S)-(+)-10-camforsulfônico. O efeito Cotton pode ser observado na faixa de comprimento de onda entre 220 e 350 nm. Quando o ponto de máximo do sinal de ORD está em um comprimento de onda elevado, determina-se “efeito Cotton positivo”, sendo o oposto verdadeiro e caracterizado como “efeito Cotton negativo”.
Medições de CD e ORD são mais apropriadas para a detecção de mudanças conformacionais e interações moleculares e menos indicadas para o detalhamento estrutural de uma substância. Adicionalmente, medições de CD são mais indicadas devido à maior facilidade de análise e compreensão do efeito Cotton.
*sensibilidade a turbidez e birrefringência
características | ORD | CD |
Perfil do efeito Cotton | Complicado | Simples, com boa separação |
Facilidade de aplicação | Difícil* | fácil |
Análise quantitativa | Possível | Possível |
Identificação de substância | adequado | Difícil |
Analitos de interesse | Substâncias oticamente ativas | Compostos com absorção desigual |
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