A figura 7 apresenta uma configuração típica de espectrofluorímetro. A luz emitida por uma fonte é introduzida em um monocromador de excitação, de modo que se obtenha luz monocromática para excitação, através de grades de difração e uma fenda. Esta é dividida em feixes de irradiação e de referência através de um divisor de feixes.
O feixe de referência é utilizado para a determinação da intensidade de luz de excitação durante detecção e tratamento de dados. De maneira a separar a fluorescência produzida pela amostra e a luz transmitida, posiciona-se o detector de fluorescência a 90º da direção da luz incidida. Para a obtenção do espectro, a fluorescência é dispersada utilizando uma grade de difração.
A intensidade de fluorescência é determinada através da divisão do valor medido pelo detector de fluorescência pela intensidade do feixe de referência. Este procedimento é chamado de “método de cálculo de razão” e é particularmente importante para a compensação de flutuações da fonte de luz e características de comprimentos de onda do monocromador de excitação e fonte de luz.
Em um espectrofluorímetro, geralmente emprega-se uma lâmpada de xenônio, capaz de trabalhar em uma faixa que engloba desde UV até infravermelho. No entanto, a intensidade é reduzida na região de UV (300 nm ou menos).
A fluorescência é medida à 90º em relação à direção da luz de excitação incidida. Sendo assim, uma célula de transmissão em quatro janelas deve ser utilizada. Devido à dificuldade de penetração de luz de excitação, ao se trabalhar com amostras concentradas, recomenda-se o uso de células triangulares. Neste caso, o ângulo de incidência é de 60º, por exemplo, de modo a evitar que a luz de excitação refletida seja direcionada ao detector. Células podem ser feitas de vidro ou quartzo. Apesar de mais barato, o vidro não transmite luz abaixo de 330 nm e não é aconselhável para amostras que necessitam de excitação dentro da região UV.
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