O sulfeto de hidrogênio (H2S) é comumente encontrado no gás natural e pode ser fatal em concentrações elevadas. Em setores como o petróleo e gás, a remoção de H2S é essencial para atender aos padrões de segurança e ambientais. Essa remoção é geralmente realizada por meio de agentes removedores específicos, como as triazinas.
A Figura 1 esboça uma rota comum de reação, na qual a triazina (1) reage sequencialmente com dois equivalentes de H2S, resultando na formação de ditiacina (3) via intermediário (2).
À medida que o removedor (1) é excessivamente utilizado, a formação de depósitos sólidos de ditiacina (3) pode gerar diversos problemas, exigindo a caracterização dos produtos dessa reação para avaliar a capacidade remanescente de remoção da triazina (1).
Nesse contexto, a ressonância magnética nuclear (RMN) emergiu como uma técnica excelente para a caracterização desses produtos. Além disso, com a crescente popularidade dos espectrômetros de RMN de bancada de alta resolução, essa técnica torna-se acessível a mais laboratórios do que nunca, sendo ideal para monitorar transformações desse tipo.
Em um estudo conduzido por Brown, é destacada a aplicação da ressonância magnética nuclear (RMN) de bancada, utilizando o modelo Nanalysis 60ᴘʀᴏ com uma frequência de 60 MHz, para a caracterização do removedor de triazina após seu uso. Nesse cenário, o removedor de triazina foi submetido a condições laboratoriais, sendo exposto ao H2S, com o objetivo de avaliar as alterações em sua composição ao longo do tempo de exposição. Essa análise permitiu verificar a presença da formação da ditiacina problemática. Os resultados dessas investigações estão representados no espectro apresentado na Figura 2.
Referência:
Brown, B. A. The Application of Benchtop NMR for Investigating the Performance of H2S Scavengers. Magnetic Resonance in Chemistry, v. 58, p. 1249 – 1255, 2020.
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