A partir de 1º de setembro de 2024, será obrigatória a apresentação de testes de estabilidade no processo de notificação de nutracêuticos, conforme estabelecido pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 843/2024 e pela Instrução Normativa (IN) 281/2024. Esta medida é crucial para assegurar a conformidade com as normas regulatórias, garantir a segurança e eficácia dos produtos e proteger a saúde pública.
Neste contexto, a Teanina, um derivado do aminoácido γ-L-glutamiletilamida, deve ser analisada em suplementos alimentares. O nome “Teanina” deriva de sua descoberta em plantas de chá (do inglês “Tea”). Conhecida por seu efeito relaxante em humanos, a Teanina tem seus efeitos comprovados pela medição das ondas cerebrais após administração oral.
Para a análise de Teanina por HPLC, é necessário utilizar detectores que possam identificar moléculas sem grupos cromóforos, como é o caso da Teanina e outros aminoácidos. Na ausência desses detectores específicos, pode ser necessário derivatizar a Teanina para sua detecção por UV-vis, o que pode aumentar os custos do processo.
Nesse sentido, a espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) pode ser uma alternativa eficaz para essas análises. Com o avanço dos espectrômetros de bancada, como o modelo de 60 MHz da Nanalysis, a análise de Teanina se torna mais acessível. Abaixo, apresentamos o espectro de ¹H da Teanina obtido utilizando este equipamento.
Figura 1. ¹H RMN da Teanina em D₂O
A análise da Teanina no RMN de bancada de 60 MHz demonstrou a capacidade do método para identificar e caracterizar a estrutura da Teanina com precisão. A correlação dos sinais e a interpretação dos acoplamentos J proporcionaram uma visão clara da estrutura química da Teanina, confirmando sua identificação. Esta abordagem é fundamental para garantir a conformidade com os requisitos regulatórios e assegurar a qualidade dos suplementos alimentares contendo Teanina.
Referências:
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